quinta-feira, 28 de julho de 2011

Especial Chico Xavier


P – Em face do desenvolvimento mental da criança, da influência dos méis de comunicação do processo de aprendizagem, se justificaria a programação de aulas predominantemente de Doutrina Espírita?
Chico Xavier– Pelo menos depois de 8 a 10 anos de idade, acreditamos que sim, porque a mente infantil de 9 a 10 anos de idade, já se encaminha para uma posição consolidada na reencarnação, que a criança está começando a viver.
Aos 10 anos, dos 10 aos 12, temos um mundo de informações para dar à criança, está encontrando hoje, um mundo muito diferente daquele que os adultos de agora encontraram há 40, 50, 30 anos atrás. Há muitos pequeninos que são chamados aos 8, 9, 10 e 11 anos de idade a facear problemas que só adultos conheciam há 10 anos passados. Hoje, autoridades da Europa e da América do Norte, em diversos comentários e estudos de revistas de divulgação cientifica, muitas autoridades andam impressionadas, com o suicídio entre crianças, suicídio de crianças de 10, de 11, de 12, de 13.
Ainda ontem, tivemos em nossa casa, aqui na Comunhão Espírita Cristã, um casal de São Paulo que vinha desolado à procura de reconforto, porque o filho único do casal, um menino de 12 para 13 anos se enforcou deliberadamente, tão-só porque encontrou negativa da parte dos pais, para ir ao cinema, depois de ter ido ao cinema durante algumas noites consecutivas. Isto é muito importante.
Estes suicídios nessa idade não eram comuns, nem eram mesmo conhecidos há 15, 20 anos atrás. Crianças que sofrem a perda de pais ou que são abandonadas pelos pais e que se suicidam mesmo, se afogam, se envenenam, procurando armas, atiram contra si próprias. Isto é um problema sério para todos aqueles que se sentem vinculados à tarefa de socorro à criança.

O ENSINO E A REALIDADE
P – O que o senhor tem a nos dizer sobre material didático constante de apólogos e símbolos para as Escolas de Evangelização, desde a faixa de 5 a 13 anos?
Chico Xavier
– Nós estamos vendo discussão em torno deste assunto, por toda parte. Uns não querem que a criança ouça apólogos com vozes humanas em animais, outros exigem que este material seja posto em função. Não estando dentro do movimento de educação da criança nos meios espíritas, nós não temos o direito de opinar, porque só devemos opinar num assunto quando estamos em atividade dentro dele.
Mas, como criatura humana que sou, creio que até os 6 anos nessa faixa, uma árvore, uma borboleta, uma fonte, uma andorinha conversar, isto ajuda muito a criança.
Agora, depois dos 6, 7 anos é interessante que a criança, entre num mundo de realidade objetivas, para que ela não acuse o adulto de mentiroso. Mas, não devemos legar tão longe essa idéia de que estejamos mentindo.
A criança nos primeiros tempos de vida, tem necessidade da história tocada de amor, tocada de ternura, beleza, espiritualidade. E o apólogo em que os animais comparecem conversando entre si, dando lições, este apólogo é sempre um agente muito proveitoso no esclarecimento da mente.
Não vemos nenhum inconvenientemente, mas deixamos o assunto para os técnicos. *****

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