Suicídio, não pense nisso
Nem mesmo por brincadeira...
Um ato desse resulta
Na dor de uma vida inteira.
Por paixão, Quim afogou-se
Num poço de Guararema.
Renasce em provação
Atolado na enfisema.
Matou-se com tiro certo
A menina Dilermanda
Voltou em corpo doente,
Não fala, não vê nem anda.
Pôs fogo nas próprias vestes
Dona Cesária da Estiva...
Está de novo na Terra
Num corpo que é chaga viva.
Suicidou-se à formicida
Maricota da Trindade...
Voltou...Mas morreu de câncer
Aos quatro meses de idade.
Enforcou-se o Columbano
Para mostrar rebeldia...
De volta, trouxe a doença
Chamada paraplegia.
Queimou-se com gasolina
Dona Lília Dagele.
Noutro corpo sofre sarna
Lembrando fogo na pele.
Tolera com paciência
Qualquer problema ou pesar;
Não adianta morrer,
Adianta é se melhorar.
Do livro Astronautas do Além ( Francisco Cândido Xavier pelo espírito Cornélio Pires)
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