quarta-feira, 25 de maio de 2011

ESTRELA OCULTA

Quando a tempestade da CÓLERA explode no ambiente, despedindo granizos dilacerantes, vemo-la por antena de amor, como uma estrela oculta, isolando-lhe os raios, e se o temporal da revolta encharca os que tombam na estrada sob o visco da lama, ei-la que surge igualmente por força neutralizante, subtraindo o lodo e aclarando o caminho...
Remédio nas feridas profundas que se escondem na alma, ante os golpes da injúria, a estrela oculta é balsamo invisível, lenindo toda chaga.
Ante a sua presença, a queixa descabida interrompe-se e pára e o verbo contundente empalidece e morre.
Onde vibra, amparando, todo ódio contem-se, e o incêndio da impiedade apaga-se de chofre...
Acessível a todos, vemo-lo em toda parte, onde o homem cultive a caridade simples, debruçando-se, pura, à maneira de aroma envolvente e sublime, anulando o veneno em que a treva se nutre...
Guardemo-la conosco, onde fomos chamados, sempre que o mal reponte, delinquente e sombrio, por que essa estrela oculta, ao alcance de todos, é a prece do silêncio em clima de perdão.

Do livro Paz e Renovação (Francisco Cândido Xavier pelo espiríto Emmanuel)

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