" Nem todo o que me diz Senhor, Senhor! entrará no reino dos céus." ( Mateus)
Parece estranho que o Mestre tenha excluído do reino do Pai alguns daqueles que o chamam Senhor. Analisemos mais detidamente o versículo.
Sabemos que o chamado reino dos céus não é um recinto em que se possa entrar, nem sequer, em sentido absoluto, um plano a que nos caiba ascender.
É, acima de tudo, um estado de espírito, o regozijo de quem experimenta a união com a Divindade. Então, só então, alcançado um princípio de união com Deus, é que temos a Jesus como absoluto Senhor de nossa vida.
E não julguemos que baste a boa vontade inoperante ou o simples desejo para nos colocar em submissão ao Criador: que pode fazer por nós a falasa consciência de elevação espiritual, o engano de uma aparente reforma segundo os conceitos evangélicos, a ilusão de estarmos redimidos e ainda de proferirmos a palavra Senhor em vão?
Invoquemos a Deus com humildade, rogando suas bençãos em todos os momentos, mas não julguemos seja Ele relmente Senhor de nossas vidas enquanto alternamos pensamentos elevados com idéias antifraternas, vibrações de amor com sentimentos menos caridosos, impulsos de avanços espiritual com quedas e erros.
Do livro Comentários Evangélicos pelo espírito Bezerra de Menezes
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